O pássaro excluído, só no crepúsculo, castigado pelo tempo e pela tristeza, uma nebulosa primavera
Esta cidade está desvanecida, tão hostil; meu nariz escorre com a solidão, rio feito estúpido
Não dá pra sorrir para essa competição de jogar lama—presilhar vermelhas em seus cabelos, um violento rival amoroso
Quero tocar o canto de veludo dos teus olhos, seu sorriso meio frio
Você é um flamingo, um brilhante flamingo, a dançar
Seu sorriso, volúvel, você não vai voltar
Deixando nada além de solidão e inveja para trás
Obrigado, volte sempre… me trate melhor da próxima vez
Tão agradecido por ter uma audiência contigo, vôo em perigosas alturas, descuidado, escorregando
Blefando e cantarolando um tom, imprudente do pânico, minha idiotice se revela
Quero ouvir somente aquela voz que adoro—O dinheiro fácil que ganhei sem vontade, levado por ladrões à espreita
Não tem problema se você é o único que brilha nesse palco de meia tigela
Era um flamingo, um aterrorizante flamingo, parecendo envergonhado
Você sobe, flutuando; agora é adeus
Não pode ser, vamos conversar um pouco mais
Droga, não retire o que você disse também
O nariz escorrendo na chuva congelante, um capim pra brincar em minha mão direita
Isso não é suficiente para enganar ninguém hoje em dia… vou perambular pelo intermédio por toda a eternidade
Rei Enma que está no Inferno, te imploro: julgue-a por mim
Esta história de bonecas de papier-mâché bêbadas será uma farça até o dia em que eu morrer
Você é um flamingo, um brilhante flamingo, a dançar
Seu sorriso, volúvel, você não vai voltar
Deixando nada além da solidão e inveja para trás
Obrigado, volte sempre… me trate melhor da próxima vez
O pássaro excluído, só no crepúsculo, uma nebulosa primavera
Esta cidade está desvanecida, tão hostil; rio feito estúpido