Nas noites em que a lua crescente choveu,
Eu te tocava do outro lado da minha janela.
Seu sorriso… sua voz… seu cheiro… permanecem ali.
Eles invadem
Minhas manhãs, tardes, noites, e sonhos!
Mesmo se eu tentar afastá-los gritando,
Eles não desaparecem.
Eu olho para o céu enquanto a velocidade das ondas aumentam,
Seguindo na direção de noites cheias de desejo.
Te procuro com pernas entrelaçadas,
Mesmo sem poder te ver.
Eu imploro com dedos trêmulos,
Mesmo sem poder te tocar.
Eu oro com a garganta a transbordar,
Mesmo sem poder dizer as palavras para você.
Deslizando pelas estrelas,
Tocando levemente a lua,
Eu corro.
“Eu quero te ver!”
Nas noites em que meu coração estava se esvaindo,
Eu tocava canções com você do outro lado da minha janela.
Mas com estas memórias antigas e com os fragmentos da paixão,
Elas são rasgadas em pedaços:
Minha canção, som, letras, e mentiras!
Mesmo se eu gritar até ficar rouca,
Você não está aqui.
Eu sou engolida por um mar de estrelas,
Seguindo em direção ao fim destas noites sem rumo.
Te procuro com pernas trêmulas,
Mesmo sem poder te ver.
Eu imploro com dedos congelados,
Mesmo sem poder te tocar.
Eu oro com a garganta rouca,
Mesmo sem poder dizer as palavras para você.
Ultrapassando as estrelas,
Muito além da lua,
Eu corro.
“Sinto tanto a sua falta!”
Olho para o alto,
Para a mesma lua…
No mesmo céu…
Na mesma noite.
Em meio a areia instável e fluida,
Nós afundamos profundamente.
Enquanto as brilhantes estrelas
Acena suavemente para nós.
Te procuro com pernas entrelaçadas.
Eu imploro com dedos trêmulos.
Eu oro com um a garganta a transbordar.
Eu declaro com minha voz a se esvair:
“Estou aqui!”
Rápido!
Antes que as estrelas desapareçam,
Eu vou correr
Até onde você está.
Rápido!
Antes que a lua desapareça,
Minha mão
Se estenderá
Até você.