As nuvens parecem formar um horizonte, conectando o céu e a terra,
Ainda sonolento na manhã, me sinto completamente imersa na cidade onde eu vivo.
O céu distante parece um algodão doce partido em mil pedaços,
Se você forçar sua vista, é possível ver uma pequena porta que leva ao verão.
A explosão de cigarras cantando, os besouros que caçamos,
E picolés derretidos, trazem nossas memórias de volta.
O segredo que você esteve escondendo de mim, sobre o que você faz à noite,
Está trancado em um baú sem chaves e está dormindo lá até agora.
Luz começa a sair, somando à minha força; antes que eu soubesse, estou esticando minha mão,
Eu fico congelado, incapaz de botar minhas mãos nisso, mas ele ainda queima meu peito.
Os raios do sol de verão estavam sobre mim enquanto eu seguia sua voz,
O concreto estava queimado e um mormaço estava no ar.
O motivo pelo qual não pude tocar aquele besouro era porque eu estava com medo,
As marcas das minhas lágrimas tornaram a areia no chão em lama enquanto eu reprimia um riso.
Aquela estrada na qual andávamos, somente nós dois, fascinados pelo verão,
Aqueles tempos nunca voltarão novamente, porém nunca desaparecerão.