Naquela altura, não fazíamos nada a não ser olhar para o céu, no cimo do telhado do nosso edificío.
Nós corríamos diretamente para lá depois dos nossos empregos part-time, cobertos em pó e suor; um conto de fadas caprichoso.
Fizemos uma promessa de nunca discutir as fúteis preocupações que ambos certamente sofremos.
Através de uma ponte elevada, a linha Chuo passou ruidosamente – como um comboio de brincar.
Hey, acabamos por ter razão no final? Depois de ser tão obstinados,
Dizendo “Eu não estou errado!” e, “Eu conseguia se tentasse!”
… Mordendo os nossos lábios e rastejando o nosso caminho através de cada noite.
No meio daquela escuridão, houve um berro, como uma lamentação sem palavra;
Tal como o cadáver de um corvo esmagado sobre a Rua Senkawa – Oh, a dor… a dor…
Só podes estar a gozar – Não o deixes acabar assim! Não ponhas a nossa jornada no passado ao chamar-lhe “Juventude”!
Nunca irei esquecer as amargas lágrimas deixadas para trás pelos teus passos desvanecidos;
Eu começei a pegar nos folhetos pelos quais percorreste, mas quando cheguei ao Parque Yoyogi, já era Primavera.
Os sorrisos forçados que tínhamos caem graciosamente através do ar…
Como flores de cerejeira…
Eu odiava a árvore grande do outro lado da minha janela, porque ela bloqueava o sol;
Desde que a Primavera veio… Até as flores florirem, eu odiei aquela árvore.
É muito insignificante para mim agora, mas arrependo-me apenas um pouco…
Pergunto-me… Se era mesmo assim tão insignificante? Estou tão arrependido…
Na rotunda em frente da estação, eu pensava constantemente no porquê dos pores-do-sol serem tristes.
Estão tristes porque acabam? Ou porque é triste vê-los começar? Cedo, as luzes da rua estavam a acender-se…
Por isso, basicamente, inicíos e fins são a mesma coisa! Se esse é o caso, estas lágrimas não servem para nada! Por isso vão-se embora!
O meu peito dói… Ele dói…!
Neste quarto para uma pessoa estão ventos perdidos e as cortinas balançando que escolhemos como casal;
Enquanto estavas nisso, devias ter levado este vazio daqui para fora junto com a tua bagagem!
Como se nada tivesse acontecido, eu começei a apanhar a roupa que tu estendeste como o teu ato final;
Agarrando-me casualmente a elas…
Como flores de cerejeira…
As pessoas de que nos separamos, e os novos conhecidos que fazemos – As nossas hitórias continuam como uma série de fins e inicíos;
Se isso é verdade, então a tristeza que as acompanha é uma regra que tenho de viver obedecendo.
Eu começei a apanhar as lágrimas que tinha atirado para fora, e quando reparei, já era Primavera.
Por isso eu canto – Eu canto – Eu canto-
Flores de cerejeira, flores de cerejeira, mesmo agora: Flores de cerejeira florem, sem desaparecer!
Flores de cerejeira, flores de cerejeira: O conto do florir das nossas flores de cerejeira!